Pra começar, os dois modelos surgiram de um único projeto, o Projeto Amazonas. Em 1981, é lançado o Ciferal Amazonas, na versão trólebus ( também foram produzidas poucas unidades com motor diesel). A maior parte pertenceu a CMTC, de São Paulo. Estranhamente, ele não foi usado no Rio ( de acordo com minhas informações ), mesmo a Ciferal sendo carioca.
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Ciferal Amazonas Scania BR-116 da CMTC CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR |
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Ciferal Padron Briza Volvo B58 da CTC-RJ CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR |
Em 1985, o Projeto Amazonas ainda deu origem a mais um ônibus: o Alvorada I. Ele ainda possuia a frente inspirada no Briza, mas já lembrava, e muito, o Alvorada II, lançado em 1987. É o Alvorada '87 o mais conhecido hoje em dia.
Concluímos que, devido a forte crise dos anos 80, a Ciferal cometeu um grande erro, o de produzir o mesmo modelo com nomes diferentes em fábricas que tinham divergências entre si, mesmo sendo uma só. Foram criados "inimigos íntimos", onde um acabou ofuscando o brilho do outro.
Espero que tenham gostado da minha pequena reportagem e até a próxima!!!
Ramon, parabéns pelo seu site, é um trabalho admirável.
ResponderExcluirA história por trás do Amazonas, Briza e Alvorada é a seguinte: o Amazonas foi lançado em 79 e o Maluf fez um pedido grande de Amazonas na versão trólebus, que foi cancelado em 82 após a crise econômica que o país sofreu em 81.
A Ciferal ficou com um estoque de peças que só podiam ser usadas nesse modelo e o cancelamento comprometeu seu fluxo de caixa, levando a sua quebra.
O Brizola se elegeu governador do Rio nesse ano e encampou a Ciferal, ordenando a fabricação de pelo menos 100 unidades do modelo Padron com motorização B58 da Volvo. Essas unidades foram fabricadas com o nome de Padron Briza, em alusão ao Brizola.
Nessa época a filial Ciferal Paulista já tinha se separado da matriz carioca, segundo o que dizem como pagamento de dívidas, e os novos donos seguiram em frente com ela fabricando o Condor, versão com pequenas modificações do Ciferal Paulista, que por sua vez é baseado no Tocantins. A Ciferal seguiu produzindo sua versão, rebatizada como Fenix.
Quando a Ciferal decidiu encerrar a fabricação do Fenix ela lançou o Alvorada, que também é baseado no Amazonas, mas montado também com motorização dianteira, além das motorizações traseira e central do Amazonas original.
Grande abraço!